segunda-feira, 4 de abril de 2016

Hora da Leitura Digital: Sandra Pesavento

Sandra Pesavento
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Sandra Jatahy Pesavento (Porto Alegre, 1945 - 2009) foi uma professora, historiadora, escritora e poeta brasileira. Professora da UFRGS, trabalhou primeiramente com uma visão de história econômica e formação de classe no Rio Grande do Sul, de vertente marxista. No final carreira, destacou-se como importante pesquisadora da História cultural.

Biografia

Doutorou-se em História pela USP em 1987, com pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris (1990) e na Paris IV, Sorbonne e École des Hautes Études en Sciences Sociales (1995/97), Paris, França. Professora Titular do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Foi membro da Comissão de Cooperação Internacional da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Entre suas publicações contam-se 29 livros, 22 capítulos/ensaios em livros nacionais, 3 capítulos/ensaios em livros estrangeiros, 54 artigos em periódicos científicos nacionais, 13 artigos em periódicos científicos estrangeiros, 17 publicações em anais de congressos.
Sandra morreu de parada cardíaca (infarto) no Hospital Mãe de Deus , sendo homenageada nacionalmente em vários encontros de historiadores.

Homenagens

Em 2013, a Associação Nacional de História (ANPUH) lançou o Prêmio Teses Sandra Jatahy Pesavento em História Cultural cujo objetivo era premiar bianualmente trabalhos na área em que a pesquisadora havia sido destaque.

Em 2015, a Seção gaúcha da ANPUH realizou um colóquio de História Cultural da Cidade com o nome da professora Pesavento. Ela havia escrito já trabalhos sobre o tema.

Principais Livros Publicados

Visões do Cárcere (2009)

Os Sete Pecados da Capital (2008)

Uma outra cidade: o mundo dos excluídos no final do século XIX (2001)

Imaginário da cidade: representações do urbano (Paris, Rio de Janeiro e Porto Alegre) (1999)

A burguesia gaúcha: dominação do capital e disciplina do trabalho (RS 1889-1930) (1988)

Guia preliminar de fontes para o estudo do processo de industrialização no Rio Grande do Sul (1889-1945) (1986)

A Revolução Farroupilha (1985)

Hora da Leitura Digital: Benjamin Franklin

Benjamin Franklin
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                    Benjamin Franklin (1706-1790) foi diplomata, escritor, jornalista, filósofo e cientista norte-americano. Colaborou na redação da "Declaração da Independência" e da "Constituição" dos Estados Unidos. Fundou na Filadélfia uma Academia que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia. Como cientista, investigou e interpretou o fenômeno elétrico da carga positiva e negativa, estudo que levou mais tarde à invenção do para-raios.
                 Benjamin Franklin (1706-1790) nasceu em Boston, em 17 de janeiro de 1706. De origem humilde, aprendeu a ler sozinho. Com dez anos de idade foi obrigado a deixar os estudos para trabalhar com o pai. Empregou-se depois na oficina gráfica do irmão. Com 17 anos de idade mudou-se para Filadélfia onde trabalhou como impressor, dedicando as horas de folga ao estudo das letras e das ciências.
            Em 1729 tornou-se proprietário de uma oficina gráfica e iniciou logo depois a publicação do jornal The Pennsylvania Gazette, que seria mais tarde o Saturday Evening Post. Com o pseudônimo Richard Saunders, publicou no Poor Richard's Almanac, coletânea de anedotas e provérbios populares. Ambos tiveram grande êxito e deram renome ao editor. Vendia tão bem que Franklin pode montar tipografias em outras das 13 colônias americanas.
                 Com 47 anos de idade, acumulara tamanha fortuna que se retirou dos negócios. Criou na Filadélfia o corpo de bombeiros, fundou a primeira biblioteca circulante dos Estados Unidos e uma Academia que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia. Organizou um clube de leituras e debates, que deu origem à Sociedade Americana de Filosofia, e ajudou a fundar o hospital do estado.
                 Nunca deixou de estudar. Aprendeu idiomas, tocava vários instrumentos e dedicava-se às ciências. Suas obras sobre eletricidade, das quais a mais importante é "Experiências e Observações sobre Eletricidade" (1751), foi publicada nas colônias e na Europa. Inventou o para-raios e criou termos técnicos que ainda hoje são usados, como bateria e condensador. Criou também as lentes bifocais.
                       Benjamin Franklin participou da assembleia da Pensilvânia e, no Congresso de Albany (1754) apresentou um plano de união das colônias inglesas. Em 1757 foi enviado à Grã-Bretanha para solucionar a disputa entre a assembleia da Pensilvânia e a coroa britânica. Lá permaneceu até 1762. Tornou-se conhecido pelo espírito conciliatório. Voltou à Londres, em 1766, como embaixador extraordinário das colônias. Em março de 1775, convencido de que a guerra pela independência era iminente, retornou a Filadélfia.
                    Designado delegado no II Congresso Continental fez parte com Thomas Jefferson e Samuel Adams, do comitê que redigiu a declaração de independência (1776). Tentou inutilmente convencer os canadenses a entrarem na guerra como aliados das 13 colônias.
Ainda em 1776 partiu para a França em busca de ajuda e foi recebido como personalidade eminente nos círculos parisienses. Assinou o tratado de aliança entre os dois países e em 1783 assinou o tratado de paz com a Grã-Bretanha. De volta a Filadélfia em 1785, foi recebido com entusiasmo pelos concidadãos e eleito presidente da Pensilvânia. Foi um dos delegados da convenção que elaborou a Constituição Americana e tentou em vão abolir a escravatura.
           As atividades intelectuais de Franklin abrangeram os mais variados ramos do conhecimento humano, das ciências naturais, educação, política, ciências humanas e artes. Escreveu numerosos ensaios, artigos e panfletos. Sua obra mais importante é a "Autobiography", publicada postumamente (1791). Chamado pelos contemporâneos de "apóstolo dos tempos modernos", Franklin viveu os cinco últimos anos retirado da vida pública, cercado de amigos.
                  Benjamin Franklin faleceu na Filadélfia, Estados Unidos, no dia 17 de abril de 1790.


Hora da Leitura Digital: Bhaskara

Bhaskara
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                 Bhaskara (1114-1185) foi um matemático, astrólogo, astrônomo e professor indiano. Se tornou conhecido por ter criado a fórmula matemática aplicada na equação de 2° grau, embora haja controvérsias quanto a esse fato.
Bhaskara Akaria (1114-1185), também conhecido como Bhaskara II nasceu na cidade de Vijayapura, na Índia, local de excelente tradição de matemáticos. Seu pai era astrônomo e lhe ensinou os princípios da matemática e astronomia.
                      Foi chefe do observatório astronômico de Ujjain, escola de matemática muito bem reconhecida. Bhaskara foi especialista em estudos sobre álgebra, o que levou a aprofundar suas pesquisas sobre as equações e sistemas numéricos.
Bhaskara escreveu três obras fundamentais: “Lilavati”, “Bijaganita” e "Siddhantasiromani". A primeira trata de questões ligadas à aritmética, ao passo que a segunda obra refere-se à álgebra, problemas de equações lineares e quadráticas, progressões aritméticas e geométricas. A última obra, “Siddhantasiromani”, é dividida em duas partes: a primeira trata sobre astronomia, a segunda, sobre a esfera.
                        Bhaskara trabalhou com a questão da raiz quadrada em equações, sabendo que existia duas raízes na resolução da equação de segundo grau, mas não há registros sólidos de que a conhecida fórmula de Bhaskara seja realmente dele. Isso acontece por que as equações até o século XVI tinham letras, o que foi usado depois daquele século pelo matemático francês François Viète.
                            O que se conhece no Brasil pela fórmula de Bhaskara não é comprovado pelos escritos e estudos encontrados por pesquisadores. As seguintes equações referentes ao estudo do seno e cosseno foram concebidas por ele: sen(a+b)= sen a .cos b + sen b .cos a/ sen(a-b)= sen a .cos b - sen b .cos a.
                            Bhaskara faleceu em Ujjain, na Índia, no ano de 1185. Em 1207, foi criada uma instituição para estudar suas obras.


Hora da Leitura Digital: Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci

            Um dos mais completos artistas renascentistas, Leonardo da Vinci nasceu no dia 15 de abril de 1452, muito provavelmente em uma cidade próxima a Vinci, Anchiano, na Itália, embora alguns pesquisadores acreditem que sua terra natal está situada entre Florença e Pisa, à direita do Rio Arno.
Leonardo da Vinci
            Seus pais eram o notário – hoje conhecido como tabelião – Piero di Antonio da Vinci, e a camponesa Catarina. Assim que nasceu, eles se separaram e seu genitor contraiu matrimônio com outra mulher, Albiera di Giovanni Amadori, bem mais nova que ele. Ao completar cinco anos, Leonardo foi retirado da guarda materna e entregue ao pai.
           Sua infância transcorreu na esfera rural, o que explica seu apego à Natureza. Ele era um aficionado por cavalos, que no futuro se tornariam alvos de suas pesquisas. Aliás, Leonardo se transformaria no modelo da educação clássica, resgatada noRenascimento, pois dominava amplas áreas do conhecimento: a anatomia, a engenharia, a matemática, a música, a história natural, a arquitetura, a escultura, a pintura, e ainda se revelaria um talentoso inventor.
             Sua produção científica, genial, oculta em rascunhos e codificações, nunca se destacaria, como o fez sua obra artística. Este viés criador lhe garantiria fama e recompensas. Em 1469 o artista vai para Florença e aí dá início a sua trajetória na esfera das artes, cursando pintura no atelier do famoso pintor de Florença, Andrea del Verrocchio.
Suas pesquisas no campo da anatomia começam a se desenvolver em 1472.                
            Nesta época, Da Vinci cria vários desenhos e esquemas do organismo humano. Nesta primeira etapa de sua criação, que vai até 1480, ele elabora pequenas obras, tais como Madona com Cravo, a Madona Benois e, talvez, a Anunciação.
                 Em 1482 o artista segue para Milão, e nesta cidade trabalha para Ludovico Sforza, atuando como engenheiro, escultor e pintor. Neste período, que tem como limite o ano de 1486, ele empreende uma de suas realizações mais conhecidas, A Virgem dos Rochedos, pintura concebida para um altar. Até 1488 ele se dedica à arquitetura, permanecendo no atelier da Catedral de Milão.
Monalisa
          Leonardo, antes de voltar para Florença, realiza sua última obra para Sforza, a clássica A Última Ceia. Em 1500, já de regresso à cidade florentina, ingressa em seu estágio mais produtivo na esfera da pintura, compondo neste período sua criação mais célebre e misteriosa, o retrato da Lisa del Giocondo, cônjuge de Francesco del Giocondo – a famosa Mona Lisa.
           O artista morre em território francês, em 1519, na cidade de Cloux. Seu corpo foi enterrado na Igreja de S. Florentino, em Ambroise, posteriormente destruída durante as insurreições ocorridas na Revolução Francesa.
Fontes:
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/davinci/biografia.htm

Hora da Leitura Digital: Fernando Pessoa

Fernando Pessoa
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                Fernando Pessoa (1888-1935) foi poeta português, um dos mais importantes poetas da língua portuguesa. "Mensagem" foi um dos poucos livros de poesias publicado em vida. Fernando Pessoa ocupou diversas profissões, foi editor, astrólogo, publicitário, jornalista, empresário, crítico literário e crítico político.
               Fernando Pessoa (1888-1935) nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 13 de junho de 1888. Ficou órfão de pai aos 5 anos de idade. Seu padastro era o comandante João Miguel Rosa, que foi nomeado cônsul de Portugal em Durban, na África do Sul. Acompanhando a família na África, Fernando recebeu educação inglesa. Estudou em colégio de freiras e na Durban High School.
                  Em 1901 escreveu seus primeiros poemas em inglês. Em 1902 a família voltou para Lisboa. Em 1903 Fernando Pessoa retornou sozinho para a África do Sul, onde submeteu-se a uma seleção para a Universidade do Cabo da Boa Esperança. Em 1905 de volta à Lisboa, matriculou-se na Faculdade de Letras, onde cursou Filosofia. Em 1907 abandonou o curso. Em 1912 estreou como crítico literário.
Fernando Pessoa foi vários poetas ao mesmo tempo. Tendo sido "plural" como se definiu, criou vários poetas, que conviviam nele. Cada um tem sua biografia e traços diferentes de personalidade. Os poetas não são pseudônimos e sim heterônimos, isto é indivíduos diferentes, cada qual com seu mundo próprio, representando o que angustiava ou encantava seu autor.
                    Criou entre outros heterônimos, Alberto Caeiro da Silva, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares. Caeiro é considerado naturalista e cético; Reis é um classicista, enquanto Campos tem um estilo associado ao do poeta norte-americano Walt Whitman.
                      Em 1915, liderou um grupo de intelectuais, entre eles Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros. Fundou a revista Orfeu, onde publicou poemas que escandalizaram a sociedade conservadora da época. Os poemas "Ode Triunfal" e "Opiário", escritos por "Álvaro de Campos", causaram reações violentas contra a revista. Fernando Pessoa foi chamado de louco.
                Fernando Pessoa mostrou muito pouco de seu trabalho em vida. Em 1934 candidatou-se com a obra "Mensagem", um dos poucos livros publicados em vida, ao prêmio de poesia do Secretariado Nacional de Informações de Lisboa, sua obra ficou em segundo lugar.
                    Fernando António Nogueira Pessoa morreu em Lisboa, Portugal, no dia 30 de novembro de 1935.

Obras Publicadas em Vida

35 Sonnets, 1918
Antinous, 1918
English Poems, I, II e III, 1921
Mensagem, 1934

Obras Póstumas

Poesias de Fernando Pessoa, 1942
Poesias de Álvaro de Campos, 1944
A Nova Poesia Portuguesa, 1944
Poesias de Alberto Caeiro, 1946
Odes de Ricardo Reis, 1946
Poemas Dramáticos, 1952
Poesias Inéditas I e II, 1955 e 1956
Textos Filosóficos, 2 v, 1968
Novas Poesias Inéditas, 1973
Poemas Ingleses Publicados por Fernando Pessoa, 1974
Cartas de Amor de Fernando Pessoa, 1978
Sobre Portugal, 1979
Textos de Crítica e de Intervenção, 1980
Carta de Fernando Pessoa a João Gaspar Simões, 1982
Cartas de Fernando Pessoa a Armando Cortes Rodrigues, 1985
Obra Poética de Fernando Pessoa, 1986
O Guardador de Rebanhos de Alberto Caeiro, 1986
Primeiro Fausto, 1986



Hora da Leitura Digital: Pablo Picasso

Pablo Picasso
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              Nascido na cidade de Málaga, em 25 de outubro de 1881, Pablo Ruiz Picasso – pintor espanhol naturalizado francês – tornou-se um dos mestres das Artes Plásticas do século XX, pois era ainda escultor, artista gráfico e ceramista. Seu talento foi de certa forma herdado de seu pai, professor de desenho e eventualmente pintor, e não tardou a ser reconhecido logo no início, quando o artista tinha apenas quinze anos e, surpreendentemente, seu próprio ateliê.
              Na infância, reproduzia episódios de touradas, tema de sua primeira obra – O Toureiro -, umapintura a óleo sobre madeira, executada quando o artista tinha oito anos. Mais tarde, inclusive, criou outra tela semelhante - A morte da mulher destacada e fútil, símbolo de sua relação com as mulheres. Aliás, na história de Picasso, seu envolvimento com as mulheres e sua produção artística estão intrinsecamente ligados, e a cada novo relacionamento ele começa a trilhar uma vereda artística renovada.
               Sua galeria de criações artísticas atinge o nível de milhares de obras, e ele é um dos mais renomados artistas em todo o planeta. Picasso chegou a Paris em outubro de 1900, cidade que ele imediatamente adotou como seu novo lar, o núcleo de toda produção da vanguarda artístico-cultural. A princípio, ele seguiu caminhos convencionais, transitando da Fase Azul (1901-05), caracteristicamente melancólica, na qual ele aborda a cegueira, a pobreza, a alienação e o desespero, para a alegre e sensível Fase Rosa (1905), quando se apaixona por Fernande Olivier.
                Co-criador do Cubismo, ao lado de Georges Braque, no qual o visível era geometricamente desconstruído, o pintor deu um passo decisivo na instituição de uma nova crença, a de que o produtor artístico deve sempre adicionar algo novo ao real, e não meramente reproduzi-lo. A partir de então o artista é livre inclusive para escolher outros materiais que não os convencionais, complementando meios como a pintura e a escultura com colagens e outros artefatos.
                 Picasso trabalhava exaustivamente durante a noite, até o dia amanhecer. Mas não lhe faltou tempo para criar um grupo de amigos famosos nos bairros parisienses de Montmartre e Montparnasse – André Breton, Guillaume Apollinaire e a escritora Gertrude Stein. Apesar do sucesso da Fase Rosa, em 1907 ele decide abandonar este estilo, atraído pelas esculturas da Península Ibérica e da África, é quando ele pinta Les Demoiselles d'Avignon, trabalho pioneiro da arte moderna. Sua obra passa então a sofrer intensa influência das artes grega, ibérica e africana, constituindo o protocubismo, movimento que antecedeu o cubismo. Seu famoso retrato da amiga Gertrude Stein expressa uma face tratada em forma de máscara.
               Versátil demais para se fixar em uma única forma, Picasso não chegou a produzir uma arte essencialmente abstrata, pois estava sempre à frente de seus contemporâneos, que reagiram com perplexidade quando o artista retomou seu estilo mais tradicional e logo depois, no princípio da década de 20, optou por um caminho neoclássico, justamente quando o pintor, recém-casado com a bailarina Olga Koklova, modificara seu modo de vida, agora abusivamente afortunado e convencional, embora extremamente tedioso para Picasso.
                 Aos 87 anos, o artista ainda tem vigor suficiente para resgatar o estilo de sua juventude. Com fôlego invejável, ele produz em sete meses 347 gravuras, retomando temas como os do circo, das touradas, do teatro, do erotismo. Alguns anos depois, após uma cirurgia da próstata e da vesícula, com a visão imperfeita, Picasso encerra sua produção artística. Seus 90 anos são comemorados com uma exposição especial no Museu do Louvre, assim o artista em tudo pioneiro também nesse momento realiza um feito inédito – torna-se o primeiro artista vivo a expor suas obras na grande galeria deste famoso Museu.
                 O pintor parte deste mundo em 8 de abril de 1973, na cidade de Mougins, na França, aos 91 anos, legando ao planeta uma vasta herança artística, cultural e existencial. Destaca-se deste patrimônio sua obra mais conhecida, marcadamente pacifista e humanista, o mural Guernica, em exposição no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, que retrata a cidade basca após o bombardeio pelos aviões de Adolf Hitler – um símbolo da crueldade da guerra.


Hora da Leitura Digital: Ronaldo Vainfas

Ronaldo  Vainfas


                      Ronaldo Vainfas (Rio de Janeiro, 1956) é um historiador e professor brasileiro.
                       É considerado um dos principais historiadores do país , inclusive vencedor de prêmios como o Prêmio Literário 2009, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional e um dos principais do Brasil.
                       Ronaldo Vainfas é licenciado em História pela Universidade Federal Fluminense (1978), onde também fez o mestrado em História do Brasil (1983). Em 1988, concluiu o doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo.
                       Desde 1978, é um dos professores da Universidade Federal Fluminense, onde foi um dos coordenadores da reforma curricular de uma das principais graduações em História do Brasil,[5] e desde 1994 é professor titular de História Moderna.
                       Em 2007, concluiu o pós-doutorado na Universidade de Lisboa.
                       Em 2009, recebeu o Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, ligado ao Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional pelo ensaio Dicionário do Brasil Joanino, 1808-1821, em parceria com Lúcia Bastos Pereira das Neves e publicado pela Editora Objetiva.

                      É integrante do conselho editorial da Revista de História da Biblioteca Nacional.
                       Seus livros e estudos estão inscritos como leitura obrigatória em diversos cursos de formação acadêmica, entre eles os da USP e Unicamp.
Fonte: Wikipédia

Bibliografia V: Ronaldo Vainfas


                     Ronaldo Vainfas começou a flertar com a História antes de ingressar na universidade. Seu ponto de partida foi o Colégio São Vicente de Paula, onde textos de Celso Furtado e Caio Prado Júnior faziam parte de sua bagagem literária.
                    Antes de enveredar pela história cultural - hoje é um dos autores que mais contribui para nossa historiografia -, influenciado pela volta de Ciro Cardoso ao Brasil, desenvolveu suas primeiras pesquisas com temas ligados à História da América.
                   Nessa época conheceu uma rotina pesada, que incluía aulas numa escola municipal em Niterói, aulas na universidade, pesquisas na Casa de Rui Barbosa e o mestrado, tudo de uma vez. Teve que esperar algum tempo até chegar aos temas de História do Brasil colonial (sua especialidade) e, com um pouco mais de calma, poder desenvolver seus estudos com as fontes adequadas.
                     Desde 1978 é um dos professores da UFF e foi um dos coordenadores que participou da reforma curricular da graduação de História, embora as experiências administrativas não sejam majoritárias em seu currículo. Com opiniões marcantes e às vezes polêmicas, Vainfas está sempre produzindo e divulgando seu trabalho sem grandes preocupações com críticas em contrário. Acredita que a exposição da produção acadêmica na mídia atende às novas expectativas da sociedade, que hoje valoriza ainda mais o seu passado e busca suas raízes.
                    Ao longo do século xvi os colonizadores europeus se horrorizaram com um fenômeno religioso entre os tupis, a que chamaram "santidade". Nela, em meio a danças, transes, cânticos e à fumaça inebriante do tabaco, os índios renovavam a peregrinação à terra sem mal - lugar mítico da felicidade eterna que buscavam no mundo terreno.              
                    Vasculhando documentação inquisitorial inédita sobre o culto indígena na fazenda de Jaguaripe (Bahia), Ronaldo Vainfas descobre na santidade uma idolatria insurgente, culturalmente híbrida, que ao mesmo tempo negava e incorporava valores da dominação colonial. Por meio de um texto apaixonado e instigante, o autor lança luz sobre uma nova e reveladora faceta da conquista da américa portuguesa.

Texto retirado de: http://digitandohistoria.blogspot.com.br/2009/06/biografia-v-ronaldo-vainfas.html